Poemas produzidos pelos professores com o tema "Lugar onde vivo".
Ó cidade tão pequena
És tu doce menina.
Tão jovem me fascina
No emaranhado da vida caminha.
À noite jovens com graça
Se reúnem na praça.
Outros preferem arruaça
Nos bares e ruas bebem cachaça.
Terra que emana bondade
Sua gente faz caridade.
Mas há também nessa cidade
Os que praticam a maldade.
Cidadezinha de grande beleza
Imponente é a Mãe Natureza.
Com igapós e cachoeiras
E sobreviventes seringueiras.
No outono, se assim posso dizer
Jambos, mangas, frutos a valer.
Apetitosos, nos convidam a lhes comer
E assim nossa fome conter.
Contemplo no horizonte
O pôr-do-sol a me envolver.
A noite chega, o sono bate
Já é hora de adormecer.
A esperança sempre é viva
Não posso entristecer.
O orvalho da manhã
Vem logo me dizer.
Que a terra onde nasci
Mais ainda verei crescer.
Em tu, bela Tarauacá
Vivo com glória e prazer.
Profº Darleilson Cavalcante Brito
Escola 15 de junho
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Memórias da professora Madalena Ferraz com relação a produção na escola
Minhas memórias
Ah! Como me recordo daquela professora gasguita, vestida com um jaleco branco, deixando aparecer um belo palmo de saia cor de rosa plissada, as pregas arrumadinhas, um tecido fino, aparentando um ar de luxo. Chegava carregada de livros, cadernos, régua na mão.
Mas o que deixou recordação foram os pedidos de redações, quase sempre para abrir ou fechar. O primeiro dia letivo quase sempre iniciava com uma tarefa mais ou menos assim: faça uma redação contando como foram suas férias. Lá se ia eu remexer na memória, sobre o que havia visto, as brincadeiras... O pior era achar a palavra inicial para começar minha história. Depois fluía e danava a escrever...escrever.
A segunda-feira quase sempre a aula iniciava com uma redação. Os temas variavam entre conte como foi o domingo ou fale do passeio que você foi.
Mas quando ia se aproximando a reta final, os temas mudavam. Aí tinha que redigir sobre "a saudade", " o amor", " a felicidade", "o que você pretende quando crescer", etc.
No início bati a cabeça, chorei, mas depois aprendi que para escrever tinha que ter conteúdo, danei a ler, às vezes, já fazia redação antecipada, quando a professora pedia uma redação, já tinha uma noção, era só reescrever. Muitas vezes, fui elogiada, tirava boas notas. Foi assim, que aprendi a gostar de ler e escrever, forçada pelas cobranças de última hora da professora Edna Barroso. Não sei nem se ela ainda vive, mas sei que foram as aulas dela que primeiro me despertou para brincar e jogar com as palavras, dar asas à imaginação e finalmente gostar de ler e escrever.
Maria Madalena Ferraz Martins
Coord. pedagógica do Ensino Médio
Tarauacá- AC
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
FINÁ DE ATO
Vamos nos deliciar mais uma vez com o belo poema declamado por Gertudes no encerramento do nossa Formação!!!
Adispôs de tanto amor
De tanto cheiro cheiroso
De tanto beijo gostoso, nós briguemos
Foi uma briga fatá; eu disse: cabou-se!
Ele disse; cabou-se!
E nós dois fiquemos mudo, sem vontade de falá.
Xinguemos, sim, nós se xinguemos
Como se pode axingá:
-Ô, mandinga de sapo seco!
_Ô, baba de cururu!
_Tu fica no Norte
Que eu vô pru sul
Não quero te ver nem pintado de carvão
Lá no fundo do quintá
E se eu contigo sonhar
Acordo e rezo o Creio em Deus Pai
Pru modi não me assombrá.
É... o Brasil é muito grande
Bem pode nos separar!
Eu engoli um salucio
Ele, engoliu bem uns quatro.
Larguemo o pé pelo mato
Passou-se tantos tempo
Que nem é bom recordar...
Onti, nós se encontremus
Nenhum tentou disfarça
Eu parti pra riba dele
Cum fogo aceso nu oiá
Que se num fosse um cabra de osso
Tava aqui dois pedaço.
Foi tanto cheiro cheiroso...
Foi tanto beijo gostoso...
Antonce nós si alembremos
O Brasil... é tão pequeno
Nem pode nos separa!
Adaptação de Gertrudes da Silva Jimenez Vargas
UNDIME – Rio Branco - AC
Adispôs de tanto amor
De tanto cheiro cheiroso
De tanto beijo gostoso, nós briguemos
Foi uma briga fatá; eu disse: cabou-se!
Ele disse; cabou-se!
E nós dois fiquemos mudo, sem vontade de falá.
Xinguemos, sim, nós se xinguemos
Como se pode axingá:
-Ô, mandinga de sapo seco!
_Ô, baba de cururu!
_Tu fica no Norte
Que eu vô pru sul
Não quero te ver nem pintado de carvão
Lá no fundo do quintá
E se eu contigo sonhar
Acordo e rezo o Creio em Deus Pai
Pru modi não me assombrá.
É... o Brasil é muito grande
Bem pode nos separar!
Eu engoli um salucio
Ele, engoliu bem uns quatro.
Larguemo o pé pelo mato
Passou-se tantos tempo
Que nem é bom recordar...
Onti, nós se encontremus
Nenhum tentou disfarça
Eu parti pra riba dele
Cum fogo aceso nu oiá
Que se num fosse um cabra de osso
Tava aqui dois pedaço.
Foi tanto cheiro cheiroso...
Foi tanto beijo gostoso...
Antonce nós si alembremos
O Brasil... é tão pequeno
Nem pode nos separa!
Adaptação de Gertrudes da Silva Jimenez Vargas
UNDIME – Rio Branco - AC
POSTADO POR GLEICE - RO BRANCO
Poema da Aluna finalista nas Olimpíadas de Língua Portuguesa em 2008
Aluna finalista: ELAINE COELHO PEDROSA
Idade: 09 ANOS
Série: 4ª SÉRIE
Escola: LUIZA BATISTA DE SOUZA
Professora: SIBELE VIEIRA DA COSTA
Idade: 09 ANOS
Série: 4ª SÉRIE
Escola: LUIZA BATISTA DE SOUZA
Professora: SIBELE VIEIRA DA COSTA
Cidade: RIO BRANCO
Estado: ACRE.
Eis o poema:
Minha bela capital
Minha querida cidade
Tu és do Acre a capital,
Estado de muita riqueza
E beleza vegetal.
O Palácio Rio Branco
Para o Acre é memória,
Guarda as lembranças de um povo
Que relutou e fez história.
Oh! Cidade adorada
És símbolo de prosperidade,
Suas crianças estão na escola
E os adultos na faculdade.
Em qualquer lugar que eu vá,
O que vejo é sem igual,
O Parque da Maternidade o Horto Florestal
Revelam o jeito de ser do povo da capital.
Nas ruas da minha cidade
A paz parece reinar,
As crianças brincam de lateiro
Pepetas lançam no ar.
Seringueiras, castanheiras
São árvores do meu quintal,
Prefiro a sombra da Gameleira
Ponto de encontro e carnaval.
Amo o lugar onde vivo.
Amo o verde das matas,
Rio Branco vale mais
Que o ouro e que a prata.
Estado: ACRE.
Eis o poema:
Minha bela capital
Minha querida cidade
Tu és do Acre a capital,
Estado de muita riqueza
E beleza vegetal.
O Palácio Rio Branco
Para o Acre é memória,
Guarda as lembranças de um povo
Que relutou e fez história.
Oh! Cidade adorada
És símbolo de prosperidade,
Suas crianças estão na escola
E os adultos na faculdade.
Em qualquer lugar que eu vá,
O que vejo é sem igual,
O Parque da Maternidade o Horto Florestal
Revelam o jeito de ser do povo da capital.
Nas ruas da minha cidade
A paz parece reinar,
As crianças brincam de lateiro
Pepetas lançam no ar.
Seringueiras, castanheiras
São árvores do meu quintal,
Prefiro a sombra da Gameleira
Ponto de encontro e carnaval.
Amo o lugar onde vivo.
Amo o verde das matas,
Rio Branco vale mais
Que o ouro e que a prata.
Postado por Gleice - Rio Branco
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Pedido de SOS,Socorro,Ajuda,Auxílio.
Fiiiity!!! Me acode pelo amor dos meus filhinhos.Manda para mim a pauta da segunda formação.PS: adorei o vídeo que você postou,tá quase um ''Esteve Spilberg'' heim??Grande abraço amigão.Valmira.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Traição de Homem (Arnaldo Jabor)
1º) NÃO EXISTE HOMEM FIEL.
Você já pode ter ouvido isso algumas vezes, mas afirmo com propriedade.
Não é desabafo. É palavra de homem que conhece muitos homens e que conhecem, por sua vez, muitas mulheres. Nenhum homem é fiel, mas pode estar fiel, ou porque está apaixonado, algo que não dura muito tempo (no máximo alguns meses – nem se iluda), ou porque está cercado por todos os lados (veremos adiante que não adianta cercá-lo, isso vai se voltar contra você).
A única exceção é o crente extremamente convicto. Se você quer um homem que seja fiel, procure um crente daqueles bitolados, mas agüente as outras conseqüências.
2º) NÃO DESANIME.
O homem é capaz de te trair e de te amar ao mesmo tempo. A traição do homem é hormonal, efêmera, para satisfazer a lascívia. Não é como a da mulher. Mulher tem que admirar para trair; ter algum envolvimento.
O homem só precisa de uma bunda. A mulher precisa de um motivo para trair, o homem precisa de uma mulher.
3º) NÃO FIQUE DESENCANTADA COM A VIDA POR ISSO.
A traição tem seu lado positivo. Até digo, é um mal necessário. O cara que fica cercado, sem trair, é infeliz no casamento, seu desempenho sexual diminui (isso mesmo, o desempenho com a esposa diminui), ele fica mal da cabeça. Entenda de uma vez por todas: homens e mulheres são diferentes. Se quiser alguém que pense como você, vire lésbica (várias já fizeram isso e deu certo), ou case com um veado enrustido que precisa de uma mulher para se enquadrar no modelo social.
Todo ser humano busca a felicidade, a realização. E a realização nada mais é do que a sensação de prazer (isso é química, está tudo no cérebro).
A mulher se realiza satisfazendo o desejo maternal, com a segurança de ter uma família estruturada e saudável, com um bom homem ao lado que a proteja e lhe dê carinho. O homem é mais voltado para a profissão e para a realização pessoal e a realização pessoal dele vem de diversas formas: pode vir com o sentimento de paternidade, com uma família estruturada, etc., mas nunca virá se não puder ter acesso a outras fêmeas e se não puder ter relativo sucesso na profissão.
Se você cercar seu homem (exemplo: mulher que é sócia do marido na empresa), o cara não dá um passo no dia-a-dia (sem ela). Você vai sufocá-lo de tal forma que ele pode até não ter espaço para lhe trair, mas o seu casamento vai durar pouco, ele vai ser gordo (vai buscar a fuga na comida) e vai ser pobre (por que não vai ter a cabeça tranqüila para se desenvolver profissionalmente).
Será um cara sem ambição e sem futuro e você também se prejudicará.
4º) NÃO TENTE MUDAR PARA SEU HOMEM SER FIEL. NÃO ADIANTA.
Silicone, curso de dança sensual, se vestir de enfermeira etc… nada disso vai adiantar. É lógico que quanto mais largada você for, menor a vontade do homem de ficar com você e maior as chances do divórcio. Se for perfeita adiantasse Julia Roberts não tinha casado três vezes.
Até Gisele Bundchen foi largada por Di Caprio; não é você que vai ser diferente (mas é bom não desanimar e sempre dar aquela malhadinha).
O segredo é dar espaço para o homem viajar nos seus desejos (na maioria das vezes, quando ele não está sufocado pela mulher ele nem chega a trair, fica só nas paqueras, troca de olhares). Finja que não sabe que ele dá umas pegadas por fora.. Isso é o segredo para um bom casamento. Deixe ele se distrair, todos precisam de lazer.
5º) SE BUSCA O HOMEM PERFEITO, PODE CONTINUAR VENDO NOVELA DAS SEIS.
Eles não existem nesse conceito que você imagina.
Os homens perfeitos de hoje são aqueles bem desenvolvidos profissionalmente, que traem esporadicamente (uma vez a cada dois meses, por exemplo), mas que respeitam a mulher, ou seja, não gastam o dinheiro da família com amantes, não constituem outra família, não traem muitas vezes, não mantêm relações várias vezes com a mesma mulher (para não criar vínculos) e, sobretudo, são muito discretos: não deixam a esposa (e nem ninguém da sua relação, como amigas, familiares, etc., saberem).
Só, e somente só, um amigo ou outro DELE deve saber, faz parte do prazer do homem contar vantagem sexual.
Pegar e não falar para os amigos é pior do que não pegar.
As traições do homem perfeito geralmente são numa escapulida numa boate, ou com uma garota de programa (usando camisinha e sem fazer sexo oral nela), ou mesmo com uma mulher casada de passagem por sua cidade. O homem perfeito nunca trai com mulheres solteiras. Elas são causadoras de problemas.
Isso remete ao próximo tópico.
6º) ESSE TÓPICO NÃO É PARA AS ESPOSAS – É PARA AS SOLTEIRAS OU AMANTES.
Esqueçam de uma vez por todas esse negócio que homem não gosta de mulher fácil. Homem adora mulher fácil. Se ‘der’ de prima então, é o máximo. Todo homem sabe que não existe mulher santa. Se ela está se fazendo de difícil ele parte para outra. A oferta é muito maior do que a procura. O mercado ta cheio de mulher gostosa. O que homem não gosta é de mulher que liga no dia seguinte. Isso não é ser fácil, é ser problemática (mulher problema). Ou, como se diz na gíria, é pepino puro. O fato de você não ligar para o homem e ele gostar de você não quer dizer que foi por você se fazer de difícil, mas sim por não representar ameaça para ele.
Ele vai ficar com tanta simpatia que você pode até conseguir fisgá-lo e roubá-lo da mulher. Ele vai começar a se envolver sem perceber. Ele vai começar a te procurar. Se ele não te procurar era porque ele só queria aquilo mesmo. Parta para outro e deixe esse em standby. Não vá se vingar, você só piora a situação e não lucra nada com isso. Não se sinta usada, você também fez uso do corpo dele – faz parte do jogo; guarde como um momento bom de sua vida.
7º) 90% DOS HOMENS NÃO QUEREM NADA SÉRIO.
Os 10% restantes estão momentaneamente cansados da vida de balada ou estão ficando com má fama por não estarem casados ou enamorados; por isso procuram casamento. Portanto, são máximas as chances do homem mentir em quase tudo que te fala no primeiro encontro (ele só quer te comer, sempre).
Não seja idiota, aproveite o momento, finja que acredita que ele está apaixonado e dê logo para ele (e corra o risco de fisgá-lo) ou então nem saia com ele.
Fazer doce só agrava a situação, estamos em 2008 e não em 1958. Esqueça os conselhos da sua avó, os tempos são outros.
8º) PARA SER UMA BOA ESPOSA E PARA TER UM CASAMENTO PELO RESTO DA VIDA FAÇA O SEGUINTE:
Tente achar o homem perfeito do 5º item, dê espaço para ele. Não o sufoque. Ele precisa de um tempo para sua satisfação. Seja uma boa esposa, mantenha-se bonita, malhe, tenha uma profissão (não seja dona de casa), seja independente e mantenha o clima legal em casa. Nada de sufoco, de ‘conversar sobre a relação’, de ficar mexendo no celular dele, de ficar apertando o cerco, etc.
Você pode até criar ‘muros’ para ele, mas crie muros invisíveis e não muito altos. Se ele perceber ou ficar sem saída, vai sentir-se ameaçado e o casamento vai começar a ruir.
9º) E AS ÚLTIMAS DICAS:
Se você está revoltada por este e-mail, aqui vão alguns conselhos:
Vá tomar uma água e volte para ler com o espírito desarmado.
Se revoltar quanto ao que está escrito não vai resolver nada em sua vida.
Acreditar que o que está aqui é mentira ou exagero pode ser uma boa técnica (iludir-se faz parte da vida, se você é dessas, boa sorte!).
Mas tudo é a pura verdade.
Esqueça as dicas de revistas femininas!!!
Seu marido/noivo/ namorado te ama, tenha certeza, senão não estaria com você, mas trair é como um remédio; um lubrificante para o motor do carro. Isso é científico, comprovado e imutável.
O homem que você deve buscar para ser feliz é o homem perfeito do item 5º.
Diferente disso ou é crente ou veado ou tem algum trauma (e na maioria dos casos vão ser pobres).
O que você procura pode ser impossível de achar, então, procure algo que pode achar e seja feliz ao invés de passar a vida inteira procurando algo indefectível que nunca vai encontrar.
Lembre-se sempre, você é a única fêmea do reino animal que dá para um macho sem estar no período fértil. O macho, pela sua característica, está sempre no período fértil, sempre pronto pra procriar. Homem trair é coisa natural e a natureza não muda!
Não queira se vingar da natureza traindo ou tentando ser igual ao homem, pois homens e mulheres não são iguais porque a natureza determinou assim. Homem não engravida e não amamenta. Mulher não broxa. Não se trata de justiça ou igualdade.. É ASSIM E PRONTO! Os peixes nadam, as aves voam e as cobras rastejam. Não mude a natureza, aceite-a!
Espero ter ajudado em alguma coisa.
Traição de homem
Texto de Arnaldo Jabor
sábado, 7 de novembro de 2009
1a etapa de Formação da OLP em Rio Branco
Atividade da oficina 2: voltar ao tempo de escola e relembrar uma experiencia interessante que tiveram com produção de texto.
Meu comentário: A adesão das escolas foi excelente: 52 escolas inscritas, com participação efetiva de 52 coordenadores na 1a etapa de formação.
Agradecimento especial ao professor Manoel Teixeira que me orientou, no periodo de formação, o passo a passo para postagem no blog.
(Gleice - SEME - Rio Branco)
MEMÓRIAS DE UMA EDUCAÇÃO
Lembro-me daquela velha casa que costumávamos chamar de nossa escola ou seria de minha casa?
Era tudo num único espaço. Aquela professora severa com seus alunos e com os filhos também (nos quais me incluo).
Mas, também me lembro o quanto àquela professora era dedicada, organizada e planejava suas aulas á noite com lamparina. Eu me lembro porque estava sempre junto “atrapalhando” porque ela sempre dizia“menina não me atrapalhe”, quando eu pedia uma coisa ou outra.
Aprendi a ler e a escrever, mas não sei se foi antes ou depois de entrar na escola. O fato é que cresci. Segui em frente. Outros professores vieram. Fiz muitas redações mais não lembro os assuntos. Lembro-me das correções. Como poderia esquecer? Aqueles vários pontinhos avermelhados. As minhas letras se perdiam entre tantos.
Certo dia, acreditem, como minha mãe, também me tornei professora e o que aprendi a ensinar: redações sobre minhas férias, teoria da relatividade, tudo que nada tinha a ver com o cotidiano ou sem função social para os alunos. Mas, de repente, começou a vislumbrar no ensino, uma nova vertente: o trabalho com os gêneros textuais. E assim, aqui estou eu, querendo aprender mais sobre.
_____________________________________
Maria Aparecida Moreira da Silva
Coordenadora da escola Duque de Caxias - Rio Branco
(Formação – 22 de outubro de 2009)
Lembro-me daquela velha casa que costumávamos chamar de nossa escola ou seria de minha casa?
Era tudo num único espaço. Aquela professora severa com seus alunos e com os filhos também (nos quais me incluo).
Mas, também me lembro o quanto àquela professora era dedicada, organizada e planejava suas aulas á noite com lamparina. Eu me lembro porque estava sempre junto “atrapalhando” porque ela sempre dizia“menina não me atrapalhe”, quando eu pedia uma coisa ou outra.
Aprendi a ler e a escrever, mas não sei se foi antes ou depois de entrar na escola. O fato é que cresci. Segui em frente. Outros professores vieram. Fiz muitas redações mais não lembro os assuntos. Lembro-me das correções. Como poderia esquecer? Aqueles vários pontinhos avermelhados. As minhas letras se perdiam entre tantos.
Certo dia, acreditem, como minha mãe, também me tornei professora e o que aprendi a ensinar: redações sobre minhas férias, teoria da relatividade, tudo que nada tinha a ver com o cotidiano ou sem função social para os alunos. Mas, de repente, começou a vislumbrar no ensino, uma nova vertente: o trabalho com os gêneros textuais. E assim, aqui estou eu, querendo aprender mais sobre.
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Maria Aparecida Moreira da Silva
Coordenadora da escola Duque de Caxias - Rio Branco
(Formação – 22 de outubro de 2009)
CARTA
Rio Branco, 16 de outubro de 2009.
Cara Gleice,
Minhas lembranças da escola são boas, mas começam complicadas porque demorei a aprender a ler e, muito cedo, passei pela humilhação de ser da 1ª série “fraca”, isso foi horrível!
Mas depois que aprendi tudo foi ótimo, tirando Matemática, eu sempre fui aquela aluna que tinha as redações do dia das mães, da árvore, da Independência e quais mais dias tivessem, expostas no mural da escola. E eu fazia as leituras em público desses dias todos. Esses eram, sempre, os temas para escrita.
Acho que levei tão a sério que ainda hoje penso que sei escrever e que posso fazer isso em vários gêneros.
No mais foi bom te ver e voltar a trabalharmos juntas.
Cheiros
Cleonice Duarte
_____________________________________
Cleonice Rodrigues Duarte
Coordenadora das escolas Ione Portela e Castelo Branco - Rio Branco
(Formação – 16 de outubro de 2009)
Cara Gleice,
Minhas lembranças da escola são boas, mas começam complicadas porque demorei a aprender a ler e, muito cedo, passei pela humilhação de ser da 1ª série “fraca”, isso foi horrível!
Mas depois que aprendi tudo foi ótimo, tirando Matemática, eu sempre fui aquela aluna que tinha as redações do dia das mães, da árvore, da Independência e quais mais dias tivessem, expostas no mural da escola. E eu fazia as leituras em público desses dias todos. Esses eram, sempre, os temas para escrita.
Acho que levei tão a sério que ainda hoje penso que sei escrever e que posso fazer isso em vários gêneros.
No mais foi bom te ver e voltar a trabalharmos juntas.
Cheiros
Cleonice Duarte
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Cleonice Rodrigues Duarte
Coordenadora das escolas Ione Portela e Castelo Branco - Rio Branco
(Formação – 16 de outubro de 2009)
MEMÓRIAS ESCOLARES
Não gosto de lembrar, pois tive muita dificuldade para aprender a ler. Todos os dias minha professora pedia para tomar minha lição. Como? Se não sabia ler? A famosa lição do dia era a hora do terror. Baixava a cabeça e começava a chorar. Tinha pânico!
E quando ela pedia para que eu desenhasse e escrevesse sobre o que desenhei? Entrava em desespero. Por quê? Eu não sabia escrever, só copiar.
Por isso e por muito mais, odeio lembrar da escola na minha infância.
Não gosto de lembrar, pois tive muita dificuldade para aprender a ler. Todos os dias minha professora pedia para tomar minha lição. Como? Se não sabia ler? A famosa lição do dia era a hora do terror. Baixava a cabeça e começava a chorar. Tinha pânico!
E quando ela pedia para que eu desenhasse e escrevesse sobre o que desenhei? Entrava em desespero. Por quê? Eu não sabia escrever, só copiar.
Por isso e por muito mais, odeio lembrar da escola na minha infância.
___________________________________
Ana (Professora que prefere não ser identificada)
Coordenadora de uma escola de Rio Branco
Coordenadora de uma escola de Rio Branco
(Formação – 22 de outubro de 2009)
A ÁRVORE ENCANTADA
Das muitas coisas de minha infância, que guardo na memória, essa é a que mais me marcou. Existia no sítio do meu pai uma majestosa mangueira. Era uma frondosa árvore, imponente com gigantescos galhos e espessa folhagem. Sob seus galhos o mundo era mais alegre, mais bonito, mais cheio de vida. Ela estava sempre disposta a abrigar a todos que dela precisassem.
Eu estudava o ano inteiro, com afinco, para no período das férias ir para o sítio e rever tudo ali, mas, sobretudo, rever aquela magnífica árvore. Para mim aquele era o melhor lugar do mundo. Passava horas olhando o constante tremular das folhas agitadas pelo o vento.
Não foram poucas as vezes que me deitei na grama e fiquei olhando sua beleza e sentindo a paz que ela transmitia. Em nenhum outro lugar me sentia tão feliz. À sombra dela, sentindo o vento fresco batendo no rosto, viajava no mundo da imaginação onde tudo era permitido. Inúmeras viagens fiz à sua sombra. Viajei dias pelo o espaço sideral, visitei vários planetas, atravessei galáxias e muitos outros lugares que não lembro o nome. Fui também o príncipe que despertou a bela adormecida de cem anos de profundo sono. Fui rei, guerreiro, super-herói
Aqueles poucos metros quadrados eram o meu mundo, meu reino, lá tudo era possível. Eu decidia o que podia e o que não podia acontecer. E eu decidi que o meu mundo fosse perfeito. Sem desigualdade, sem injustiça, sem guerra, sem fome. Enfim, era um mundo no qual as pessoas viviam em perfeita harmonia. Era o meu mundo. O mundo dos meus sonhos. Sinto saudades daquele mundo, mas não consigo mais encontrá-lo. Já o procurei nos lugares onde imaginei poder encontrá-lo, mas foi em vão.
E nessa incansável procura voltei meus pensamentos para o velho sítio, e revendo a velha árvore, me veio à mente um episódio no mínimo pitoresco: Estava eu, como era de costume, à sombra da mangueira, deitado de braços abertos olhando para o alto, vendo o frenético movimento das folhas. Os raios do sol com dificuldade penetravam a densa e verdejante folhagem. Em meio ao dançar constante das folhas vi algo de aspecto arredondado e de cor dourada. E um súbito movimento me pôs de pé. Então tentei visualizar melhor o objeto. A princípio achei que fosse uma manga. Idéia que logo descartei, pois lembrei que aquela árvore, apesar de sua idade, nunca havia dado fruto. Mas mesmo assim, fixei meus olhos naquele objeto reluzente. A possibilidade, daquele objeto, ser uma fruta animou-me muito, pois seria o primeiro daquela árvore. E talvez fosse um presente dela para mim. Esse pensamento me encorajou a escalar a árvore e apanhar meu suposto presente.
Sem desviar o olhar, do desejado objeto, me aproximei do tronco da árvore com intenção de escalá-la. E como quem está hipnotizado não hesitei em iniciar a escalada. Com dificuldade alcancei seus primeiros galhos. De lá pude ver que a fruta estava no galho mais elevado da árvore. Mas nem isso me fez desistir, pois estava realmente decidido a alcançá-la. E assim como o náufrago almeja a terra firme precipitei-me naquela empreitada. Embalado pelo ávido desejo de conquistar meu prêmio nem reparava onde pisava. Quando as pontas dos meus dedos já estavam quase tocando aquela preciosidade, notei então, que me faltava o apoio dos pés, tentei segurar em um outro galho. Foi inútil. Todo o meu esforço foi em vão. Estava caindo e tudo em que eu conseguia pensar era naquela manga. Morreria certamente. Pensei. E não comeria a fruta tão desejada. Sei que aquela queda demorou apenas alguns segundos, mas me pareceu uma eternidade. Somente após o impacto no chão foi que me dei conta do que havia feito.
Depois de me socorrer, meu pai disse que iria derrubar a árvore, pois achava que ela possuía poderes sobrenaturais e que era possível que ela, em qualquer dia daqueles, me encantasse.
____________________________________________
Manoel Magalhães Teixeira
Coordenador da Escola Mauricila Sant'Ana - Rio Branco
(Formação – 16 de outubro de 2009)
Das muitas coisas de minha infância, que guardo na memória, essa é a que mais me marcou. Existia no sítio do meu pai uma majestosa mangueira. Era uma frondosa árvore, imponente com gigantescos galhos e espessa folhagem. Sob seus galhos o mundo era mais alegre, mais bonito, mais cheio de vida. Ela estava sempre disposta a abrigar a todos que dela precisassem.
Eu estudava o ano inteiro, com afinco, para no período das férias ir para o sítio e rever tudo ali, mas, sobretudo, rever aquela magnífica árvore. Para mim aquele era o melhor lugar do mundo. Passava horas olhando o constante tremular das folhas agitadas pelo o vento.
Não foram poucas as vezes que me deitei na grama e fiquei olhando sua beleza e sentindo a paz que ela transmitia. Em nenhum outro lugar me sentia tão feliz. À sombra dela, sentindo o vento fresco batendo no rosto, viajava no mundo da imaginação onde tudo era permitido. Inúmeras viagens fiz à sua sombra. Viajei dias pelo o espaço sideral, visitei vários planetas, atravessei galáxias e muitos outros lugares que não lembro o nome. Fui também o príncipe que despertou a bela adormecida de cem anos de profundo sono. Fui rei, guerreiro, super-herói
Aqueles poucos metros quadrados eram o meu mundo, meu reino, lá tudo era possível. Eu decidia o que podia e o que não podia acontecer. E eu decidi que o meu mundo fosse perfeito. Sem desigualdade, sem injustiça, sem guerra, sem fome. Enfim, era um mundo no qual as pessoas viviam em perfeita harmonia. Era o meu mundo. O mundo dos meus sonhos. Sinto saudades daquele mundo, mas não consigo mais encontrá-lo. Já o procurei nos lugares onde imaginei poder encontrá-lo, mas foi em vão.
E nessa incansável procura voltei meus pensamentos para o velho sítio, e revendo a velha árvore, me veio à mente um episódio no mínimo pitoresco: Estava eu, como era de costume, à sombra da mangueira, deitado de braços abertos olhando para o alto, vendo o frenético movimento das folhas. Os raios do sol com dificuldade penetravam a densa e verdejante folhagem. Em meio ao dançar constante das folhas vi algo de aspecto arredondado e de cor dourada. E um súbito movimento me pôs de pé. Então tentei visualizar melhor o objeto. A princípio achei que fosse uma manga. Idéia que logo descartei, pois lembrei que aquela árvore, apesar de sua idade, nunca havia dado fruto. Mas mesmo assim, fixei meus olhos naquele objeto reluzente. A possibilidade, daquele objeto, ser uma fruta animou-me muito, pois seria o primeiro daquela árvore. E talvez fosse um presente dela para mim. Esse pensamento me encorajou a escalar a árvore e apanhar meu suposto presente.
Sem desviar o olhar, do desejado objeto, me aproximei do tronco da árvore com intenção de escalá-la. E como quem está hipnotizado não hesitei em iniciar a escalada. Com dificuldade alcancei seus primeiros galhos. De lá pude ver que a fruta estava no galho mais elevado da árvore. Mas nem isso me fez desistir, pois estava realmente decidido a alcançá-la. E assim como o náufrago almeja a terra firme precipitei-me naquela empreitada. Embalado pelo ávido desejo de conquistar meu prêmio nem reparava onde pisava. Quando as pontas dos meus dedos já estavam quase tocando aquela preciosidade, notei então, que me faltava o apoio dos pés, tentei segurar em um outro galho. Foi inútil. Todo o meu esforço foi em vão. Estava caindo e tudo em que eu conseguia pensar era naquela manga. Morreria certamente. Pensei. E não comeria a fruta tão desejada. Sei que aquela queda demorou apenas alguns segundos, mas me pareceu uma eternidade. Somente após o impacto no chão foi que me dei conta do que havia feito.
Depois de me socorrer, meu pai disse que iria derrubar a árvore, pois achava que ela possuía poderes sobrenaturais e que era possível que ela, em qualquer dia daqueles, me encantasse.
____________________________________________
Manoel Magalhães Teixeira
Coordenador da Escola Mauricila Sant'Ana - Rio Branco
(Formação – 16 de outubro de 2009)
Rio Branco – AC, 16 de Outubro de 2009.
Querido diário,
Hoje voltei á escola da minha infância, foi uma viagem bem interessante, pois recordei o quanto foi difícil estudar nos meus tempos de criança. A escola era outra, os professores tinham uma forma diferente de ensinar, ás vezes ir para a escola era assustador, pois os castigos eram certos, principalmente se não desse a lição correta. Mas mesmo diante de toda a dificuldade dos tempos de escola na minha infância, o que eu mais queria era aprender a ler e escrever, e não desperdiçava uma oportunidade de pegar uma lição junto com uma turma de adultos que faziam o MOBRAL onde minha tia era professora. Na época eu tinha entre sete e oito anos e caminhávamos todas as noites meia hora na margem do Rio Acre pela praia até chegar á escola, pois morávamos no seringal Porto Carlos próximo de Assis Brasil. Quando cheguei á cidade já estava alfabetizada e fui para o primeiro ano forte. Não me recordo de ter tido uma amizade mais próxima com os professores, pois na verdade o que eu tinha muito era medo deles, com exceção de minha tia Aurora que foi quem me alfabetizou.
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Querido diário,
Hoje voltei á escola da minha infância, foi uma viagem bem interessante, pois recordei o quanto foi difícil estudar nos meus tempos de criança. A escola era outra, os professores tinham uma forma diferente de ensinar, ás vezes ir para a escola era assustador, pois os castigos eram certos, principalmente se não desse a lição correta. Mas mesmo diante de toda a dificuldade dos tempos de escola na minha infância, o que eu mais queria era aprender a ler e escrever, e não desperdiçava uma oportunidade de pegar uma lição junto com uma turma de adultos que faziam o MOBRAL onde minha tia era professora. Na época eu tinha entre sete e oito anos e caminhávamos todas as noites meia hora na margem do Rio Acre pela praia até chegar á escola, pois morávamos no seringal Porto Carlos próximo de Assis Brasil. Quando cheguei á cidade já estava alfabetizada e fui para o primeiro ano forte. Não me recordo de ter tido uma amizade mais próxima com os professores, pois na verdade o que eu tinha muito era medo deles, com exceção de minha tia Aurora que foi quem me alfabetizou.
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Francisca Carvalho do Rego
Coord. De Ensino da Escola Jornalista José Chalub Leite
(Formação - 16 de outubro de 2009)
Coord. De Ensino da Escola Jornalista José Chalub Leite
(Formação - 16 de outubro de 2009)
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
A Pátria que se afogou
Éramos três professores, Antônio Lima, Silvania Barreto e Jorge Felix, analisávamos a crônica O Pavão de Rubem Braga, quando fomos surpreendidos pela Pátria que aos berros pedia ajuda:
_ Estou me afogando!
Nós reles educadores abasbacados, não sabíamos o que fazer, boquiabertos com a situação.
_Estou me afogando! – gritava a Pátria com voz rouca e olhos lacrimejantes.
Antônio Lima disse:
_A piscina aí está.
Silvania nada dizia, somente ria.
Jorge Felix completou:
_ Pátria querida! Vá para casa, aqui só tem professores, não tem médicos.
A Pátria levantava os braços e pedia socorro.
Enfim, a confusão se deu por um ruído na comunicação, afogar-se para nós acrianos, é na água, por isso Antonio apressado indicou-lhe a piscina, para que morresse deveras afogada, a Pátria tão amada.
Seria correto talvez dizer...estou me entalando ou me engasgando; quem sabe, como fomos ensinados por nossos pais, um murro nas costas salvaria a Pátria certamente.
(Texto produzido por: Antonio Lima, Silvania Barreto e Jorge Felix em 29/10/2009 , em direito de resposta por termos sido citados por crônica da professora Iracema Alvarez, a gremista Silvio-santista)
Pátria refere-se a professora Iracema que em sendo Pátria reclamou do descaso dos professores em sua salvaguarda.
_ Estou me afogando!
Nós reles educadores abasbacados, não sabíamos o que fazer, boquiabertos com a situação.
_Estou me afogando! – gritava a Pátria com voz rouca e olhos lacrimejantes.
Antônio Lima disse:
_A piscina aí está.
Silvania nada dizia, somente ria.
Jorge Felix completou:
_ Pátria querida! Vá para casa, aqui só tem professores, não tem médicos.
A Pátria levantava os braços e pedia socorro.
Enfim, a confusão se deu por um ruído na comunicação, afogar-se para nós acrianos, é na água, por isso Antonio apressado indicou-lhe a piscina, para que morresse deveras afogada, a Pátria tão amada.
Seria correto talvez dizer...estou me entalando ou me engasgando; quem sabe, como fomos ensinados por nossos pais, um murro nas costas salvaria a Pátria certamente.
(Texto produzido por: Antonio Lima, Silvania Barreto e Jorge Felix em 29/10/2009 , em direito de resposta por termos sido citados por crônica da professora Iracema Alvarez, a gremista Silvio-santista)
Pátria refere-se a professora Iracema que em sendo Pátria reclamou do descaso dos professores em sua salvaguarda.
Nossas Crianças são aquilo que as ensinamos pelo exemplo.
Que Deus permita que ensinemos apenas bons exemplos a nossas crianças, pois elas serão o futuro desse País.
Fittipaldy
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
A lenda do peixinho dourado
No centro de formoso jardim, havia um grande lago, adornado de ladrilhos azul- turquesa“. Alimentado por diminuto canal de pedra, escoava suas águas, do outro lado, através de grade muito estreita.Nesse reduto acolhedor, vivia toda uma comunidade de peixes, a se refestelarem, nédios e satisfeitos, em complicadas locas, frescas e sombrias. Elegeram um dos concidadãos de barbatanas para os encargos de rei, e ali viviam, plenamente despreocupados, entre a gula e a preguiça.Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho, menosprezado de todos. Não conseguia pescar a mais leve larva, nem refugiar-se nos nichos barrentos. Os outros, vorazes e gordalhudos, arrebatavam para si todas as formas larvárias e ocupavam, displicentes, todos os lugares consagrados ao descanso.O peixinho vermelho que nadasse e sofresse.Por isso mesmo era visto, em correria constante, perseguido pela canícula ou atormentado de fome.Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio, o pobrezinho não dispunha de tempo para muito lazer e começou a estudar com bastante interesse. Fez o inventário de todos os ladrilhos que enfeitavam as bordas do poço, arrolou todos os buracos nele existentes e sabia, com precisão, onde se reuniria maior massa de lama por ocasião de aguaceiros. Depois de muito tempo, à custa de longas perquirições, encontrou a grade do escoadouro. Frente da imprevista oportunidade de aventura benéfica, refletiu consigo:- "Não será melhor pesquisar a vida e conhecer outros rumos?" Optou pela mudança.Apesar de macérrimo, pela abstenção completa de qualquer conforto, perdeu várias escamas, com grande sofrimento, a fim de atravessar a passagem estreitíssima. Pronunciando votos renovadores, avançou, otimista, pelo rego d'água, encantado com as novas paisagens, ricas de flores e sol que o defrontavam, e seguiu, embriagado de esperança...Em breve, alcançou grande rio e fez inúmeros conhecimentos.Encontrou peixes de muitas famílias diferentes, que com ele simpatizaram, instruindo-o quanto aos percalços da marcha e descortinando-lhe mais fácil roteiro.Embevecido, contemplou nas margens homens e animais, embarcações e pontes, palácios e veículos, cabanas e arvoredo. Habituado com o pouco, vivia com extrema simplicidade, jamais perdendo a leveza e a agilidade naturais. Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébrio de novidade e sedento de estudo.De início, porém, fascinado pela paixão de observar, aproximou-se de uma baleia para quem toda a água do lago em que vivera não seria mais que diminuta ração; impressionado com o espetáculo, abeirou-se dela mais que devia e foi tragado com os elementos que lhe constituíam a primeira refeição diária. Em apuros, o peixinho aflito orou ao Deus dos Peixes, rogando proteção no bojo do monstro e, não obstante as trevas em que pedia salvamento, sua prece foi ouvida, porque o valente cetáceo começou a soluçar e vomitou, restituindo-o às correntes marinhas.O pequeno viajante, agradecido e feliz, procurou companhias simpáticas e aprendeu a evitar os perigos e tentações. Plenamente transformado em suas concepções do mundo, passou a reparar as infinitas riquezas da vida. Encontrou plantas luminosas, animais estranhos, estrelas móveis e flores diferentes no seio das águas. Sobretudo, descobriu a existência de muitos peixinhos, estudiosos e delgados tanto quanto ele, junto dos quais se sentia maravilhosamente feliz.Vivia, agora, sorridente e calmo, no Palácio de Coral que elegera, com centenas de amigos, para residência ditosa, quando, ao se referir ao seu começo laborioso, veio a saber que somente no mar as criaturas aquáticas dispunham de mais sólida garantia, de vez que, quando o estio se fizesse mais arrasador, as águas de outra altitude, continuariam a correr para o oceano.O peixinho pensou, pensou... e sentindo imensa compaixão daqueles com quem convivera na infância, deliberou consagrar-se à obra do progresso e salvação deles. Não seria justo regressar e anunciar-lhes a verdade? não seria nobre ampará-los, prestando-lhes a tempo valiosas informações? Não hesitou. Fortalecido pela generosidade de irmãos benfeitores que com ele viviam no Palácio de Coral, empreendeu comprida viagem de volta. Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dos regatos se encaminhou para os canaizinhos que o conduziram ao primitivo lar. Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida de estudo e serviço a que se devotava, varou a grade e procurou, ansiosamente, os velhos companheiros. Estimulado pela proeza de amor que efetuava, supôs que o seu regresso causasse surpresa e entusiasmo gerais. Certo, a coletividade inteira lhe celebraria o feito, mas depressa verificou que ninguém se mexia. Todos os peixes continuavam pesados e ociosos, repimpados nos mesmos ninhos lodacentos, protegidos por flores de lotus, de onde saíam apenas para disputar larvas, moscas ou minhocas desprezíveis.Gritou que voltara a casa, mas não houve quem lhe prestasse atenção, porquanto ninguém, ali, havia dado pela ausência dele.Ridicularizado, procurou, então, o rei de guelras enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura. O soberano, algo entorpecido pela mania de grandeza, reuniu o povo e permitiu que o mensageiro se explicasse.O benfeitor desprezado, valendo-se do ensejo, esclareceu, com ênfase, que havia outro mundo líquido, glorioso e sem fim. Aquele poço era uma insignificância que podia desaparecer, de momento para outro. Além do escoadouro próximo desdobravam- se outra vida e outra experiência. Lá fora, corriam regatos ornados de flores, rios caudalosos repletos de seres diferentes e, por fim, o mar, onde a vida aparece cada vez mais rica e mais surpreendente. Descreveu o serviço de tainhas e salmões, de trutas e esqualos. Deu notícias do peixe-lua, do peixe-coelho e do galo-do-mar. Contou que vira o céu repleto de astros sublimes e que descobrira árvores gigantescas, barcos imensos, cidades praieiras, monstros temíveis, jardins submersos, estrelas do oceano e ofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral, onde viveriam todos, prósperos e tranqüilos. Finalmente os informou de que semelhante felicidade, porém, tinha igualmente seu preço. Deveriam todos emagrecer, convenientemente, abstendo-se de devorar tanta larva e tanto verme nas locas escuras e aprendendo a trabalhar e estudar tanto quanto era necessário à venturosa jornada.Antes de terminar, gargalhadas estridentes coroaram-lhe a preleção.Ninguém acreditou nele.Alguns oradores tomaram a palavra e afirmaram, solenes, que o peixinho vermelho delirava, que outra vida além do poço era francamente impossível, que aquela história de riachos, rios e oceanos era mera fantasia de cérebro demente e alguns chegaram a declarar que falavam em nome do Deus dos Peixes, que trazia os olhos voltados para eles unicamente.O soberano da comunidade, para melhor ironizar o peixinho, dirigiu-se em companhia dele até a grade de escoamento e, tentando, de longe, a travessia, exclamou, borbulhante:- "Não vês que não cabe aqui nem uma só de minhas barbatanas? Grande tolo! vai-te daqui! não nos perturbe o bem- estar... Nosso lago é o centro do Universo... Ninguém possui vida igual à nossa!..."Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinho realizou a viagem de retorno e instalou-se, em definitivo, no Palácio de Coral, aguardando o tempo.Depois de alguns anos, apareceu pavorosa e devastadora seca. As águas desceram de nível. E o poço onde viviam os peixes pachorrentos e vaidosos esvaziou-se, compelindo a comunidade inteira a perecer, atolada na lama—...
André LuizDo prefácio do livro "LIBERTAÇÀOPsicografia de Francisco Cândido Xavier.
(Enviado por Jorge Felix de Souza Vieira - Epitaciolândia- Acre)
André LuizDo prefácio do livro "LIBERTAÇÀOPsicografia de Francisco Cândido Xavier.
(Enviado por Jorge Felix de Souza Vieira - Epitaciolândia- Acre)
domingo, 1 de novembro de 2009
A FORÇA DA MULHER
Quão virtuosa
No labor do seu dia
Com mil afazeres
Se doa ao lar
Com muita alegria
Ela busca um dia
Alcançar os seus sonhos
Sofre, chora, labuta
Já mais foge da luta
Essas mulheres
De todo Brasil
Segue a modernidade
Sem perder a sensibilidade
Ah! Mulher! Quantas conquistas
Nas mais altas escolas da sociedade
Vamos à glória
Da tua liberdade
Alciene Januário Cavalcante
Maria das Graças Costa de Matos
Rosa Maria Monteiro Saar
(Poema coletivo produzido durante a Formação Presencial da Olimpíada de Língua Portuguesa - Rio Branco, 29 de outubro de 2009)
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